O cantor e compositor cearense Raimundo Fagner, pediu à Justiça Eleitoral que retire imediatamente de circulação um vídeo no qual ele aparece em uma gravação, segundo ele, manipulada, apoiando a reeleição de Bolsonaro.

O vídeo teria sido gravado em 2018. Porém, a alegação é que foi editado com uma marca d’água onde está escrito “Rumo a 2022” e “FechadoComBolsonaro”.

Fagner denunciou o fato ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Ceará, dizendo que vem recebendo “exaustivamente” pelo WhatsApp a gravação modificada.

“Ocorre que esse vídeo foi adulterado, sendo acrescido de uma música que impede a identificação como sendo de 2018. Além disso foi colocada uma montagem com os dizeres ‘Rumo a 2022’ e ‘FechadoComBolsonaro’. Então, trata-se de um vídeo grosseiramente adulterado, não produzido em 2022, não consistindo, portanto, em uma verdade”, afirmou o artista.

As imagens foram postadas na rede social Tik Tok de Nilo do Povo (Republicanos), suplente de vereador de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, que declarou pensar que se tratava de um vídeo verdadeiro. “Estou removendo ainda hoje a publicação e peço desculpas, não tive intenção de prejudicar”.

Em dezembro de 2020, durante entrevista ao jornal O Globo, Fagner manifestou sua decepção com o atual presidente. “A atuação do Bolsonaro é ridícula. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem é que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente. Quero que governe”, protestou.

Apesar disso, ele admitiu ter votado em Bolsonaro em 2018 e sua admiração por integrantes do seu governo.

“Tenho respeito pelo Tarcísio (Gomes de Freitas, atual pré-candidato ao governo de São Paulo); para Paulo Guedes, não há como não tirar o chapéu. Mas esse deboche com que Bolsonaro se dirige à nação é inadmissível. Não acredito no que diz. Tenho amigos nessas queimadas pelo Brasil, gente na Defesa Civil de Brumadinho, Mariana… Para quem coloca ‘votou em Bolsonaro’ no meu Instagram, quero dizer: votei para que tocasse o Brasil, não para falar besteira”, acrescentou.