Um motorista de aplicativo ficou ferido após ser agredido por um lutador e ser atingido por uma bala de borracha da Polícia Militar na noite de sábado (2), em frente ao quartel do Comando de Policiamento Especializado, no Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus.

A confusão começou depois que o motorista deixou uma passageira no bairro Alvorada. Ao todo a corrida deu R$ 9, e para pagar, a cliente ofereceu uma nota de R$ 100, mas o motorista informou que não tinha troco.

A mulher disse que desceria do carro para trocar o dinheiro e foi até seu companheiro que estava na porta do local. Conforme o motorista, ela recebeu xingamentos do suspeito.

“Quando ela desceu do carro o agressor já estava na porta. Acho que ela chegou a pedir dinheiro trocado e ele começou a xingar ela, eu estava com vidro baixo e deu pra ouvir. Quando eu menos esperei ele estava na porta do meu carro, começou a me xingar dizendo que era lutador de artes de marciais, que era pra eu sair dali se não ele ia me matar”, contou a vítima.

O motorista então saiu do carro para tentar conversar, mas começou a ser agredido com socos e chutes em via pública e por pouco não foi atropelado.

A vítima conseguiu correr e acionar outros motoristas de aplicativo que se reuniram no local da agressão, momento em que o lutador fugiu e entrou dentro do quartel do Comando de Policiamento Especializado da PM.

“Houve uma fuga e os aplicativos foram atrás dele, aí ele entrou pelo Alvorada, e entrou no batalhão da cavalaria. Quando cheguei lá pra ser ouvido por eles (policiais), na porta foi quando começou a agressão, fui agredido pela polícia, me chamaram para se ouvido e no momento que cheguei lá fui derrubado pelas costas, não consegui ver quem foi. Me deram um tiro de bala de borracha”, contou o motorista.

Em nota, a Secretaria de Secretaria Pública (SSP) informou que teve o quartel invadido por um grupo de motoristas de aplicativo, após um deles se desentender com um passageiro.

Para evitar a invasão, “os policiais utilizaram de meios menos letais para dispersar o grupo”. No entanto, o caso já está sendo investigado pela corregedoria da SSP para apurar possíveis desvios de conduta dos policiais.