A empresária ucraniana Emerald Evgeniya, que há 12 anos decidiu deixar para trás a formação militar para se tornar uma “mulher de negócios”, como gosta de dizer, trocou a profissão pela farda e pelas armas para defender o país contra a Rússia. Em seu perfil no Instagram, ela posa ao lado de armamento pesado, como snipers, e relata seu dia a dia como combatente.

“Assim que a guerra começou, larguei minha carreira e voltei para o Exército. Agora trabalho na inteligência das Forças Especiais e sirvo como franco-atiradora (sniper). Sou a única mulher entre cem soldados”, conta.

Um franco-atirador ou sniper tem uma grande responsabilidade em campo de batalha e passa por um intenso treinamento para chegar a esse posto. O armamento utilizado tem como principal característica uma mira que permite acertar alvos que estão muito distantes. Atingir um inimigo com um risco menor de ser contra-atacado é uma das vantagens.

“Eu luto porque é o meu dever e acredito no grande futuro da Ucrânia, sinto que tenho me preparado para essa situação por toda a minha vida. Além disso, eu recebo apoio, as pessoas me chamam de Joana d’Arc ucraniana.”

Emerald está entre os milhares de soldados que tentam proteger a Ucrânia diante da superioridade militar da Rússia. A população ucraniana ajuda como pode e recorre até a armas medievais para conter os tanques inimigos. Os caltrops (estrepes em português) são feitos com pontas de ferro afiadas e estão espalhados nos arredores de Kiev.