O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira (16) que o preço da gasolina e demais combustíveis deve ter uma redução, mas não voltará a patamares de anos anteriores. Afirmou que o litro da gasolina deve voltar ao nível de variação de R$ 6.

“Essa questão do preço do petróleo é muita histeria, porque houve uma variação, vamos dizer assim, violenta do preço do petróleo, fruto aí primeiro da questão da pandemia, do retorno da atividade econômica, depois posteriormente desse conflito absurdo lá na Rússia e na Ucrânia”, disse ele em entrevista a jornalistas ao chegar ao gabinete da Vice-Presidência.

Mourão prosseguiu afirmando que o mercado começa a se reequilibrar. O preço do barril do petróleo bateu a marca de US$ 139 em momentos mais críticos do conflito no leste europeu e recuou para menos de US$ 100 nesta semana. “Essa flutuação acredito que a Petrobras ela vai encaixar isso aí e vai haver uma redução”, continuou o vice.

“Agora, uma realidade a gente tem que entender: o preço do combustível, fruto até da questão da transição energética que nós temos que viver, ele não vai voltar aos patamares que a gente gostaria. Não vamos mais, na minha visão, pagar R$ 4 por litro de gasolina, vai ser difícil isso acontecer”, avaliou.

“Pode baixar aí, voltar para o meia dúzia. Mas vamos lembrar que há uns dois, três anos estávamos pagando R$ 4,50, R$ 4,60”, completou.

Na terça-feira (15), Jair Bolsonaro (PL) afirmou esperar que agora, com a queda no preço do barril de petróleo tipo Brent, referência internacional, a Petrobras acompanhe a flutuação para baixo.

“Estamos tendo notícias de que, nos últimos dias, o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda a certeza, ela fará isso daí”, disse o presidente, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

Nos últimos dias, Bolsonaro tem mostrado indignação perante o aumento anunciado pela empresa na semana passada – alta de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel. O acréscimo foi agravado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de 20 dias.