Da redação 

MANAUS – O estudante de medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Lailson Melgueira Navarro, 26, está sendo investigado pela Polícia Civil por suspeita de estelionato. A denúncia foi feita por uma colega de faculdade, que informou a polícia que ao emprestar o celular para o homem, ele fazia transferências via PIX, sem que ela soubesse. A quantia chegou a R$ 27,5 mil.

Para disfarçar, o suspeito passava valores entre R$ 1 mil e R$ 6 mil e transferia os valores para a conta de outro colega, que não sabia do esquema. Em depoimento à polícia, o suspeito confessou o crime e falou que irá ressarcir os valores. Ele deve responder por estelionato.

Segunda a médica, as transferências foram feitas durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano. Ela relata que começou a desconfiar do colega quando notou que a última transferência havia sido realizada justamente na mesma hora em que ela tinha emprestado o celular.

“Cheguei a ir à casa dele, mas não falei que já sabia de tudo. Quando cheguei lá, percebi que ele havia feito várias compras, estava com celular e tablet novos, por exemplo. Naquele momento, ele ainda me chamou de amiga, mas decidi não falar nada e fui direto à polícia”, contou a vítima.

Ainda segundo a vítima, pelo grau de proximidade que os dois sempre mantiveram, ela não imaginava que o universitário poderia retirar dinheiro de sua conta sem a sua permissão.

Histórico de crime

Após o registro de boletim de ocorrência, o suspeito foi chamado para depor no 25º DIP, e confessou o crime. Ele afirmou que o dinheiro era encaminhado para a conta de um outro colega, o qual ele também enganava.

O estudante de medicina dizia ao amigo que estava sem conta bancária e que, por isso, precisava da conta dele emprestada para receber valores de um suposto estágio.

Ainda segundo as autoridades, o jovem declarou estar arrependido e afirmou que pretende ressarcir toda a quantia desviada.

Durante as investigações, a polícia identificou que o estudante também responde a um processo pelo crime de furto qualificado, em que é acusado de ter furtado o notebook de uma professora da UEA.

O jovem responderá em liberdade pelo crime de estelionato e ficará a disposição do Poder Judiciário.