O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse em evento no Mobile World Congress, principal feira do mundo no setor de telecomunicações, realizada em Barcelona nesta terça-feira (1°), que o Brasil deverá ter uma vacina brasileira contra o coronavírus em nove meses.

O ministro disse que foram feitos investimentos em 16 tecnologias. Dessas, cinco já entraram com pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase de testes.

O imunizante, desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI em parceria com a americana HDT Bio Corp, é financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e é produzido no SENAI CIMATEC de Salvador (BA).

“Nós investimos em 16 tecnologias de vacinas no Brasil. Dessas 16, cinco entraram na Anvisa para iniciar os teste clínicos. Uma dela passou, foi aprovada pela Anvisa e já começou os testes clínicos que deve durar nove meses”, disse o ministro.

A vacina se baseia na tecnologia de RNA mensageiro, assim, o código genético do vírus da Covid-19 vai para dentro do corpo, e depois, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico consigam construir uma resposta e gerar anticorpos.

Além disso, a tecnologia RepRNA faz com que a RNA possa se autorreplicar dentro das células, garantindo uma resposta imune e duradoura com uma dose menor da vacina. Pontes informou que o investimento aplicado pelo governo para a elaboração da vacina será de R$ 350 milhões.