A médica cardiologista e intensivista do InCor e Rede D’Or Stephanie Rizk afirma que principal sequela em pessoas que tiveram a Covid-19 tem sido o cansaço e a queda de cabelo tem sido bastante relatado e, em um número menor, doenças cardiovasculares.

Rizk explica que muitos pacientes entubados ou com traqueostomia por muito tempo também não apresentam capacidade pulmonar normal, o que pode atrapalhar na realização de atividades cotidianas.

Em entrevista a CNN, a médica avalia que o Brasil ainda não chegou ao platô de casos da variante Ômicron, pois a têndencia é de aumento no número de infecções, e que o sistema de saúde vive um colapso.

“O colapso não é paciente morrendo na rua, gente não podendo internar. O colapso começa quando aproximadamente 80% dos leitos de UTI ficam ocupados, porque muda a logística da saúde no país. Atrasa cirurgia eletiva, tratamentos de doenças crônicas…. então a gente está vivendo um colapso, sim”, explicou.

A médica alerta que não é possível abaixar a guarda contra o coronavírus, porque a população “não está totalmente vacinada” e há o surgimento da subvariante BA.2 da Ômicron.

Importância da vacinação 

Durante a entrevista, Rizk enfatizou a importância da vacinação e que é importante pensar em uma “quarta dose” para idosos e imunossuprimidos, mas “mais do que a quarta dose, temos que estimular a primeira e segunda dose”.

Somente com a vacinação, as internações e mortes em causadas pela Covid-19 diminuíram, sendo importante também para que ela se torne uma doença endêmica, defende a médica.

A cardiologista avaliou que é possível que a Covid nuca seja eliminada, como por exemplo – a gripe – mas que, entendendo a dinâmica do vírus e vacinando efetivamente a população, será possível controlá-la.

Cardiologista fala sobre a volta às aulas

Rizk recomendou aos pais e responsáveis que isolem os filhos sintomáticos por, no mínimo, cinco dias – se possível realizar um teste que dê negativo para retornar às atividades. Se a testagem não estiver disponível, o ideal é deixar em isolamento por 10 dias.

Para um retorno seguro, ela reafirmou que é importante imunizar os menores contra a Covid-19.