Brasil – A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta sexta-feira (4/2), um agente socioeducativo lotado na Unidade de Internação de São Sebastião. Ele é acusado de gravar vídeos íntimos das servidoras que utilizavam o banheiro feminino para tomar banho e usar o vaso sanitário. Rafael Oswaldo de Carvalho Arantes (foto em destaque) havia instalado uma câmera escondida no local e armazenou centenas de vídeos e fotos das vítimas.

De acordo com uma servidora ouvida pela coluna, Rafael costumava circular pelos pavilhões perguntando se as colegas não queriam tomar banho. “Ele dizia que ficaria no nosso lugar para que pudéssemos usar o banheiro ou tomar banho. Foram realizados mais de 140 vídeos, nos quais , inclusive, mostram que ele se masturbava enquanto assistia ao conteúdo”, detalhou a mulher.

Desconfiada, uma das mulheres descobriu onde a câmera estava instalada e esperou o momento em que Rafael se preparava para recolher as imagens. Em período probatório, o servidor foi afastado por um período de 60 dias para que sigam as apurações internas por meio de sindicância conduzida pela Secretaria de Justiça e Cidadania. Inicialmente, o caso está com a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião).

Ato criminoso

Em nota, a secretaria informou que teve conhecimento sobre o caso reportado pela servidora por intermédio da Direção da Unidade de Internação de São Sebastião. O caso foi imediatamente informado às autoridades competentes. No âmbito criminal, a investigação se encontra com a Polícia Civil e deve ser encaminhado à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

Internamente, a Sejus informou que faz uma vistoria minuciosa em todas as unidades de internação e instaurou processo administrativo para apuração da conduta do servidor, que permanecerá afastado durante o processo. O afastamento foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do DF.

A câmera foi descoberta pela própria servidora, tendo a gestão da unidade de internação imediatamente encaminhado os fatos ao conhecimento das autoridades competentes. “Por fim, reforçamos que a Sejus repudia todas as formas de violência contra as mulheres e empenha todos os esforços para coibir qualquer ato criminoso que venha a ofender a integridade de suas servidoras e socioeducandas”, afirmou a pasta.

Via: Metrópoles