Neste sábado, 22, por meio de nota, seis instituições do comércio se manifestaram contra as falas que o deputado estadual Wilker Barreto (Sem Partido) fez em sua rede social, na sexta-feira, 21.

Barreto sugere condicionar a entrada de pessoas em áreas comerciais do Amazonas, mediante ao passaporte vacinal. “Sou totalmente a favor. A vacina é a nossa melhor arma contra essa doença, já está comprovado”, disse o deputado.

O grupo manifestou sua ‘total reprovação’ ao posicionamento favorável do deputado à recomendação, temendo prejuízo com a eventual medida.

A recomendação está em concordância ao uso obrigatório do passaporte vacinal para locais públicos no Amazonas, e recebe o apoio dos órgãos do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Amazonas, Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC/AM), Defensoria pública da União e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas.

A nota critica e repudia duramente a forma em que Wilker tratou o assunto, pois, para o grupo, o conteúdo ‘carrasco e antidemocrático’, não tem efetividade na medida da obrigatoriedade da apresentação da carteira de vacinação. mas pela forma com que foi concebida.

As associações defendem que Wilker critica sem a prévia discussão com os representantes das classes geradoras de empregos do Estado. “Temos certeza que o Exmo. deputado não se lembrou daqueles que, com olhos em lágrimas, estão entregando cartas demissionárias e também daqueles que, diuturnamente, estão dando seu sangue para manter seus negócios em pé e pagando impostos escorchantes a que a atividade empresarial é submetida nesse País”, pontua a nota.

Assinam o texto, a Associação Brasileira de Shopping Centers-ABRASCE, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes-ABRASEL, Associação Amazonense de Supermercados-AMASE, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus-CDL, Federação do Comércio do Estado do Amazonas-FECOMÉRCIO e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas-FCDL.

As associações defendem que, desde o início da pandemia, têm atuado incansavelmente para propor medidas de segurança para a população e que adotou Protocolos de Operação.

A nota defende que, dados atualizados emitidos pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto – FVS-RCP, através dos boletins epidemiológicos mostram que não há um cenário de gravidade nos casos de infecção. Defende também que “estar vacinado não garante o não contágio, mas evita a gravidade da doença, dessa forma, uma pessoa pode estar vacinada e infectada com sintomas leves ou assintomática e transmitindo o vírus”, diz.

O grupo corrobora que o Governo do Amazonas não tem medido esforços para ampliar o índice de vacinação e diz que aquilo que se espera dos políticos, ainda mais em períodos de recessão econômica, “são posicionamentos pautados na razoabilidade, no equilíbrio econômico-financeiro e na harmonia social”.

A nota finaliza dizendo que as entidades lamentam a visão distorcida e a forma equivocada que o deputado se posicionou favorável à recomendação das instituições públicas.