Uma dona de casa, de 28 anos, denuncia o sumiço do seu bebê na maternidade. Ingrid Valeria Santos de Oliveira alega que estava grávida de gêmeas, mas só recebeu um bebê após a cesárea à qual foi submetida na unidade de saúde, na manhã de 19 de outubro. O caso foi registrado no último no fim de dezembro.

A polícia que investiga o caso, relata que os médicos explicaram que se tratava de uma gravidez chamada “gravidez gemelar fantasma”, com o nascimento de uma única criança, ou que o segundo filho seria, na verdade, apenas o reflexo do líquido amniótico de um único feto.

A mãe procurou a 17ª DP, e relatou que teria realizado todos os exames de pré-natal com profissionais da Clínica da Família Estivadores, no mesmo bairro. O acompanhamento, segundo a dona de casa, teria comprovado, durante a 23ª semana de gestação, que ela estava esperando duas meninas, com saco embrionário único.

“Meu psicológico está abalado, estou mal porque me preparei para ser mãe de duas meninas, a partir do momento que recebi a notícia de que estava gerando gêmeos. Acredito que me levaram uma das minhas filhas”, disse a dona de casa, em entrevista ao EXTRA.

No dia 18 de outubro, quando estava grávida de 38 semanas, Ingrid diz ter sido orientada a se internar no Fernando Magalhães para realizar a cesárea. Na unidade, teria feito exames para monitorar os batimentos cardíacos dos bebês. No dia seguinte, Sarah nasceu às 10h27, com 50 centímetros e 3.187 quilos. Já Laura, nome escolhido para a segunda criança, não foi entregue aos pais:

“Antes do parto, as médicas disseram que minhas duas meninas estavam sentadas e saudáveis, aguardando o momento do nascimento. Mas, logo depois, me orientaram a procurar um psicólogo e falaram que os exames se confundiram e que a segunda criança era um reflexo da primeira.

As médicas responsáveis pelo parto e pelo pré-natal foram intimadas para prestarem esclarecimentos na distrital. Já os exames das duas unidades de saúde serão encaminhados para uma perícia indireta no Instituto Médico-Legal (IML), que deve atestar a quantidade de fetos gerados por Ingrid.

O caso continua sob investigação e a direção do Hospital Maternidade Fernando Magalhães disse que está à disposição dos familiares.