BRASIL – Servidores públicos federais de diversas categorias reúnem-se, nesta quarta-feira (29), para discutir maneiras de pressionar o Palácio do Planalto por reajuste salarial. De acordo com entidades representativas do funcionalismo, estarão em pauta a realização de uma greve geral unificada e a paralisação conjunta de um ou dois dias, para pressionar o governo a ampliar o diálogo sobre os contracheques das carreiras federais.

Na semana passada, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento da União 2022 prevendo R$ 1,7 bilhão para reajuste dos salários de policiais federais. A reserva poderá beneficiar servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A notícia incomodou as demais carreiras do funcionalismo federal.

Por meio de comunicado oficial, o Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) informou ser possível que uma paralisação geral comece em breve. “Ela pode se iniciar antes da data do retorno do recesso parlamentar, em 2 de fevereiro de 2022”, diz o texto. O grupo reúne entidades representativas de diversas carreiras públicas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, já sinalizou que mudanças nas folhas de pagamento de diversas categorias do funcionalismo poderiam impactar a economia do país. O chefe da pasta econômica enviou, no último domingo (26), um texto a Jair Bolsonaro, a colegas da Esplanada dos Ministérios e a integrantes de sua equipe econômica no qual se posiciona contra os reajustes.