BRASIL – A Polícia Federal investigou, no âmbito da Operação Bancarrota, potenciais irregularidades em contratos firmados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) com gráficas responsáveis pela impressão de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A ação policial foi deflagrada na última terça (7). Inicialmente, a PF sinalizou ter investigado apenas de contratos firmados entre 2010 e 2018, período que antecedeu o mandato de Bolsonaro na Presidência.

No entanto, agora, a corporação também admite ter investigado os contratos mais recentes.

A Operação Bancarrota foi deflagrada para apurar suposto esquema de corrupção envolvendo contratos milionários de gráficas que imprimiam provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os agentes cumpriram um dos mandados na Asa Norte, no Distrito Federal.

A ação contou com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU). Os investigados seriam servidores do Instituto Nacional de Estudos Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação e responsável pelo Enem.

Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de ter sido determinado pela Justiça Federal o sequestro de R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas envolvidas. Foram destacados 127 policiais federais e 13 auditores da CGU para o cumprimento das diligências.