Uma passageira de carro por aplicativo foi assediada por um motorista e pulou do carro em movimento. Ela percebeu que o homem havia mudado o roteiro da viagem e também agia de forma agressiva, além de começar a andar em alta velocidade. O caso aconteceu na marginal Tietê, na região da zona leste de São Paulo.

Segundo relatos da vítima ela foi até um shopping com uma amiga e na volta solicitou um carro por meio do aplicativo. A viagem seria da região do Tatuapé até a Vila Maria, ambos bairros da zona leste da capital paulista. Depois de deixar a amiga em sua residência, o motorista, começou uma conversa estranha além de ter mudado o caminho.

A vítima então, com medo, mandou uma mensagem ao pai, que instruiu que ela fizesse uma ligação para ele dizendo que se encontrava em um carro de aplicativo e que o caminho estava errado, porque o motorista dirigia no sentido oposto da marginal à casa da vítima. O pai orientou ainda que a filha falasse para o motorista parar, porque ela queria descer.

O pai da vítima, no meio da ligação, ouviu a jovem chorando, assustada, e pedindo ao motorista que parasse. Nesse momento, a ligação caiu. O pai, desesperado, pegou a chave do carro e a carteira e saiu correndo.

A mãe da jovem ligou para a filha por chamada de vídeo e ao atender a filha disse que estava na delegacia.

A vítima relatou que, após um ataque de pânico, o motorista começou a diminuir a velocidade. Ela então decidiu pular do carro em movimento na marginal Tietê, próximo à avenida Presidente Dutra, na altura do número 545.

Um policial militar que estava próximo ao local e presenciou a cena ajudou a jovem. No entanto, o pai da jovem diz que o policial informou que não poderia fazer nada, uma vez que o motorista “apenas não obedeceu à ordem de parada” dada por ela. Em resposta à vitima, que também disse que havia sofrido violência psicológica, o agente respondeu que isso “não estava no papel”.

Pai e filha voltaram para casa e formalizaram uma denúncia no aplicativo da Uber, que informou que analisaria o caso. Também foi registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher.

NOTA

A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. O motorista parceiro teve sua conta desativada da plataforma e a empresa se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.

A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro e desde 2018 tem um compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher, materializado em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio, podcast educativo para os parceiros e um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma, desenvolvido em parceria com o MeToo, e que será disponibilizado para a usuária.

Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.

Vale ressaltar ainda que todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado. E para reforçar a privacidade dos usuários, a Uber não mostra para os motoristas parceiros os pontos exatos de embarque e desembarque no histórico de viagens e os telefones de ambos são sempre mantidos em sigilo.

Além disso, como parte do processo de cadastramento para utilizar o aplicativo da Uber, todos os motoristas passam por uma checagem de apontamentos criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos pelo próprio motorista e com consentimento deste, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de apontamentos criminais, na forma da lei. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses.

E para ajudar a verificar se a pessoa que está usando o aplicativo corresponde àquela da conta que temos no arquivo, de tempos em tempos, o aplicativo pede, aleatoriamente, para que os motoristas parceiros tirem uma selfie antes de aceitar uma viagem ou de ficar on-line.