Brasil – A aprovação de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) agradou aos evangélicos. No entanto, nos bastidores, segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, parlamentares religiosos sugeriram que o ex-advogado-geral da União deixe para se posicionar sobre temas polêmicos na Corte somente em 2023.

Aliados avaliam que será melhor para o presidente Jair Bolsonaro (PL) que o novo ministro indicado por ele não toque em temas espinhosos no ano eleitoral. Segundo pesquisas recentes, a popularidade de Bolsonaro derrete cada dia mais.

Os evangélicos pedem que Mendonça evite questões relativas ao porte e maior liberdade para compra de armas de fogo no Brasil, tema que enfrenta resistência entre parte do grupo, o que poderia prejudicar Bolsonaro.

Durante a sabatina no Senado, Mendonça fugiu de temas que contrariam o presidente. Sobre as armas, por exemplo, disse que “há espaço para o assunto, mas que a questão que deve ser debatida é quais são os limites”. Porém, ressaltou que não poderia se manifestar sobre a “constitucionalidade dos decretos que tratam da matéria”.

Outra votação considerada sensível será na ação que decidirá se travestis e transexuais poderão cumprir pena em presídios do gênero de sua escolha. Apesar de evangélicos e bolsonaristas terem a mesma opinião sobre o tema, o receio é que Mendonça, por qualquer razão, dê um voto seguindo o relator.

Via: Revista Fórum