Desde a última sexta-feira (27) a realização do carnaval é o tema de troca de ataques entre integrantes do primeiro escalão e governadores.

A iminente  nova onda de contágio do coronavírus, agora por uma cepa ainda desconhecia, tem levado ministros e apoiadores do governo a defender a não realização do Carnaval.

“Depois, não venham acusar o presidente”, postou o ministro Fábio Faria, das Comunicações, ao registrar que a lista de blocos carnavalescos divulgada por São Paulo prevê reunir 18 milhões nas ruas. O padrão de resposta é contrário ao dos últimos quase dois anos de pandemia, quando o governo se manteve crítico a políticas de isolamento social.

“Palhaçada é isso”, publicou o ministro. “Deixaram as crianças sem aulas, as pessoas sem emprego e agora querem liberar o Carnaval no Brasil? Mesmo depois da cepa sul-africana”, completou Faria. A polêmica envolvendo a gestão direta de ações contra a pandemia ocorre desde o início do surto, em 2019, e chegou até o STF. O Tribunal julgou que os governadores têm autonomia para decidir.

Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde, pronunciamento sobre a nova cepa, declarou neste fim de semana, que o país “está preparado” e que não há motivo para “desespero”. O ministério voltou a defender a vacinação e medidas de prevenção não farmacológicas como resposta à eventual nova ameaça sanitária.

Na contramão, organizadores do Carnaval de 2021 se mobilizam para defender a manutenção da festa, inclusive com uma campanha na internet identificada pela hashtag “carnaval sim”.

O evento nacional provoca um impacto nas cadeias de serviço, principalmente no turismo e restaurantes.