No último sábado (6) as fotos de um encontro entre alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), rodaram as redes sociais e causaram indignação. Um aluno aparece fazendo um gesto racista com a mão.

O gesto, que aparentemente é um sinal de “ok” tem sido usado por supremacistas brancos ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos. Em março deste ano, o ato ficou conhecido no Brasil, quando um assessor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez o mesmo gesto durante uma sessão do Senado.

O aluno identificado como Leonardo Rigotti  participou da confraternização dos colegas de faculdade para comemorar o fim do semestre letivo e apareceu fazendo o símbolo que é um gesto de teor racista conhecido.

O gesto forma a letra “w” com três dedos, que significa “white” e os outros dois dedos formam um “p”, que significaria “power”. “White Power” é uma expressão racista que significa “Poder Branco”.

A situação repercutiu e causou indignação entre os alunos da UnB e um deles, levou o caso ao Ministério Público do DF e Territórios. “Tive a iniciativa de fazer a denúncia, pois é muito comum as pessoas se indignarem, mas não fazerem algo. É naturalizado”, afirmou. O MPDFT confirmou o recebimento da denúncia e informou que o “caso está em tramitação interna e logo em seguida será distribuído para a unidade com atribuição para apuração dos fatos”.

O Centro Acadêmico de Direito (CADir), que escreveu uma extensa nota de repúdio. Além de contextualizar a utilização desse símbolo, a carta diz “que já está tomando medidas jurídicas cabíveis diante do episódio relatado e, mais uma vez, reafirma o compromisso político e democrático contra todas as formas de violência simbólica”.