GOIÂNIA – Os dois motores do avião que caiu na zona rural de Caratinga (MG) causando a morte da cantora Marília Mendonça e de mais quatro pessoas, deixaram Caratinga na madrugada desta quarta-feira (10). As peças saíram de Minas Gerais por volta das 4h com destino ao Centro de Serviços Aeronáuticos, em Goiânia.
Inicialmente, a informação era de que os motores iriam ser levados para Sorocaba, no interior paulista, onde passariam por uma perícia na empresa fabricante. Depois a Polícia Civil divulgou que os motores não iriam mais para Sorocaba, e sim para Goiânia.
O Cenipa também informou que as peças seguem para o Centro de Serviços Aeronáuticos, em Goiânia, que possui a estrutura e disponibilidade necessárias para que os técnicos do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA III) realizem a análise dos equipamentos.
“O objetivo é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”, informou o comunicado do Cenipa.
A fuselagem do avião chegou no Rio de Janeiro, na noite dessa terça-feira (9), onde equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) darão continuidade na perícia.
Os trabalhos de retirada do avião do local da queda começaram ainda no sábado (6) e terminaram na segunda-feira (8), após as ações iniciais perícia da Polícia Civil e do Cenipa. Os dois motores foram encontrados em locais de difícil acesso.
De acordo com o delegado regional da Polícia Civil de Caratinga, Ivan Lopes Sales, foi encontrado um cabo enrolado em uma das hélices do avião. Mas, segundo ele, não dá para afirmar que o cabo é o que se rompeu na torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
“É fato de que tem um cabo enrolado na hélice. Agora a gente só vai poder afirmar que esse cabo é o cabo que se rompeu quando a perícia tiver o laudo pericial”, explicou.
A Polícia Civil informou que ainda não há um prazo para encerrar as apurações de eventual responsabilidade criminal.
