BRASIL – Dos 1.825 acidentes aéreos registrados no Brasil nos últimos dez anos, 734 se referem à aviação particular, ou seja, 40,2% do total. O levantamento ainda não considera a queda do bimotor King Air C90 onde estava a cantora Marília Mendonça e outras quatro vítimas, na tarde dessa sexta-feira (5), em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas.

Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão responsável por investigar as causas de acidentes aéreos. Aviões particulares e táxis aéreos compõem quase 80% da frota de 22,2 mil aeronaves no Brasil, o que ajuda a explicar a alta taxa de acidentes relacionados a eles.

Das 922 pessoas que morreram em acidentes aéreos do país desde 2011, 479 estavam em aeronaves particulares, 152, em aviões agrícolas e 116, em táxis aéreos feitos por helicópteros. Minas é o quarto Estado com maior número de acidentes registrados no período. Foram 148 ocorrências em território mineiro. Em primeiro lugar aparece São Paulo, com 385 registros.

Muitas pessoas de destaque nos cenários político e econômico brasileiro aparecem na lista de mortos em acidentes que envolveram aviões particulares, como o presidente da Vilma Alimentos, Domingos Costa, morto após queda de um avião da empresa em Juiz de Fora, em 2012; o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Albino Zavascki, vítima da queda de uma aeronave em Paraty (RJ), em 2017; e o presidenciável Eduardo Campos, que estava em um avião que caiu na zona urbana de Santos, em 2014.