Da redação

MANAUS – Na manhã deste sábado, 30, o motorista da linha 217 entrou em contato com o site relatando que os funcionários da empresa receberam a orientação de que a lei não foi autorizada pela Prefeitura, IMMU e Sinetran, logo após a matéria da servidora pública ter repercutido nas redes sociais nessa sexta-feira, 29.

“Nós motoristas fomos orientados pela empresa que essa Lei não foi autorizada tanto pela Prefeitura, IMMU e Sinetran, pois o transporte coletivo de Manaus presta serviço para prefeitura, e a gratuidade não é Lei municipal, e sim Lei estadual”, relatou o motorista por meio de uma mensagem nas redes sociais.

Disse ainda que ligou para o superior, e o mesmo retornou a dizer que não estava autorizado liberar a gratuidade. “Ela começou a gritar para todos ouvirem que a isenção da passagem era Lei, dentro do coletivo havia mais de 80 passageiros, que ficaram gritando para ela, chamando-a de lisa. Não fui eu que a chamei de “lisa”, mas sim, os passageiros, várias pessoas foram atá a catraca querendo pagar a passagem dela, mas ela foi super ignorante comigo e com eles. Falei que só estava cumprindo uma ordem da empresa, pois o ônibus tem câmeras e se eu a deixasse descer pela frente, eu poderia ser punido”, finalizou.

Segundo ele, o caso ocorreu no dia 15 deste mês, cinco dias depois a mulher voltou, entrou no ônibus e sentou no primeiro banco e começou a filma-lo.

Entenda o caso

O caso aconteceu após a mulher apresentar o documento de servidora pública e informar ao funcionário que conduzia o ônibus que não iria pagar a passagem, por conta da lei 5.599 de 27 de setembro de 2021, a qual isenta servidores da saúde e da segurança pública, de qualquer esfera governamental, de tarifas em transportes coletivos municipal e intermunicipal, tanto terrestre, quanto aquaviário.

Segundo a mulher, no mesmo momento o motorista negou o serviço e disse: “Você não me engana, sua lisa” e outras difamações relatadas pela mesma em áudios enviados.

“O motorista disse que com ele não iria colar, gritando comigo para eu passar na catraca, que de graça no ônibus eu não poderia descer. Eu permaneci firme e disse que estava respaldada por lei”, disse a servidora.

Ela afirmou ainda que o motorista só parou o ônibus após pressão dos passageiros, gritando atrás do coletivo pedindo para ele abrir e deixá-la sair. A servidora nos enviou um vídeo que mostra alguns segundos do ocorrido e o contracheque que prova que ela é servidora pública.