Os senadores da CPI da Covid se reuniram nesta terça-feira (26) para a votação do relatório final da comissão.

Espera-se que o texto elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja aprovado, contudo, os senadores do campo governista apresentam agora propostas de voto separado em dissonância como proposto pelo relator.

Relatorio-Final-da-CPI-da-Pandemia-atualizado-em-26-10-2021

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), cobrou nesta terça-feira (26), uma ação de órgãos de controle após a conclusão dos trabalhos da comissão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), por exemplo, é responsável por investigar o presidente Jair Bolsonaro em caso de crimes comuns. Os senadores irão pressionar a PGR a avançar nas investigações contra Bolsonaro.

O parecer será entregue ao procurador-geral da República, Augusto Aras, nesta quarta-feira (27)

“Os fatos são maiores do que qualquer argumento que possa se escrever. São provas que foram dadas à população brasileira. Se você quiser, tem 50 mil, 60 mil brasileiros como testemunhas dessas provas que estão no relatório”, disse Aziz.

O relatório da CPI, formulado e apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), pede o indiciamento de Bolsonaro por sete crimes comuns, três crimes contra a humanidade e dois crimes de responsabilidade. O parecer deve terminar com 78 indiciados, entre pessoas físicas e empresas.

Na reunião desta terça (26), a CPI aprovou a quebra do sigilo das redes sociais de Bolsonaro depois de o presidente vincular a vacina contra a covid-19 ao risco de contaminação pela aids. A declaração também foi incluída no relatório final da CPI.

“A Presidência é uma instituição. A Presidência não é um cargo de boteco em que você fala o que quer tomando uma cerveja, comendo um churrasquinho. O presidente da República se reporta ao povo brasileiro baseado em um estudo que não tem cabimento nenhum e fala uma coisa dessas quando estamos implorando para a população se vacinar”, afirmou Aziz.