Com as eleições de 2022 se aproximando as alianças políticas começam. No caso, do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já afirmou que participa da disputa presidencial, porém, segue sem partido.

Bolsonaro de desfilou do PSL, em 2019, tentou fundar o partido Aliança Brasil, chegou a ser cogitado para o Patriota, ao qual, seu filho o senador Flávio Bolsonaro se filou. No entanto, restrições da legislação eleitoral e dificuldades partidárias impediram o presidente de se vincular a uma legenda. Bolsonaro espera encontrar uma sigla, no qual, possa ter liberdade e comando.

Recentemente, Bolsonaro tem flertado com o PTB, de seu aliado Roberto Jefferson, também sob intermédio de Flávio Bolsonaro. Ao Correio, a presidente interina Graciela Nienov, que está à frente do partido após a prisão do ex-deputado, afirma que a disposição da legenda é total. Ela conta que, em reunião na semana passada, líderes regionais da Executiva Nacional e presidentes estaduais do partido consideraram a vinda de Bolsonaro “100% aprovada”.

Nienov relata que se comunica com “Bob”, como é conhecido Roberto Jefferson, por meio de cartas já que ele está preso. É por essas correspondências que ela também recebe orientações sobre o partido. “Bolsonaro já está há muito tempo conosco. É só o retorno dele para casa”, comenta Nienov.

Para mostrar que a sigla está preparada para recebê-lo, uma comitiva do grupo da Executiva petebista pretende entregar pessoalmente ao presidente no Palácio do Planalto uma carta de apoio que reúne as assinaturas do diretório nacional e presidente regionais. “A carta fala do nosso apoio máximo e da garantia de que estamos alinhados e trabalhando com ele. Destacamos que aqui é a casa do conservador e estamos preparados para recebê-lo. Reafirma o que Jefferson vem falando e dá segurança para ele vir. Que ele terá espaço. O partido também está aberto aos filhos”, relata a presidente interina do PTB.

A expectativa é otimista, com previsão de festa na sede do partido ainda este mês. “Estamos ansiosos para a vinda dele. Na torcida, e se Deus quiser, vamos fazer a festa de filiação dele no dia 14”. As informações são do Correio Braziliense.

Conversas com o PP

Segundo aliados do presidente, as conversas com o PP também seguem de pé. Jogam a favor do partido o fato de Bolsonaro já ter sido membro do PP no passado. Além disso, Bolsonaro tem dois aliados próximos, com grande influência no partido: Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil. Ao longo de 2020, Lira e Nogueira trabalharam para que o governo estreitar laços com o Centrão no Parlamento. A aliança teve como fim aprovar matérias de interesse do Planalto e blindar o mandatário de qualquer processo de impeachment.

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