Na noite da quinta-feira (23) o delegado Carlos Alberto da Cunha, conhecido como Da Cunha, foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo, por suspeita de peculato, crime em que o funcionário público, em razão do cargo que ocupa, desvia bens públicos em benefício próprio ou de terceiros. A pena prevista é de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa

As investigações apontam que Da Cunha usou da estrutura da Polícia Civil para gravar vídeos de operações oficiais e rentabilizar o seu canal no Youtube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos.

Um dos vídeos veiculados era sobre um suposto estouro de um cativeiro na favela Nhocunée, zona lesta da capital de São Paulo, que , segundo depoimentos de demais policiais e da própria vítima ao Ministério Público, se tratava de uma encenação, para que Da Cunha saísse como autor.

O delegado estava afastado de suas funções, durante uma live em seus canais, assumiu que encenou a invasão do cativeiro com o objetivo de fazer uma ‘reprodução simulada dos fatos’

Com o indiciamento, Da Cunha passa a ser considerado suspeito pelo crime. A apuração da investigação será encaminhada ao Ministério Público que pode decidir por pedir mais informações, denunciá-lo à Justiça, ou solicitar o arquivamento se entender que não há crime.

O Ministério Público também investiga o possível enriquecimento ilícito do policial fastado.

Da Cunha nega as acusações e, em suas redes sociais, segue desqualificando as investigações e notícias que saem a seu respeito.