AMAZONAS – Com o objetivo de reduzir as filas de cirurgias de emergência agravadas com a prioridade dada ao atendimento de doentes de Covid 19 desde o início de 2020, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) assume um projeto de mutirão cirúrgico em municípios do interior, juntamente com os coordenadores, professores e cirurgiões Cleucivan Bastos e Lázaro Araújo.

O senador se dispôs a identificar os municípios que podem receber recursos e entrar em contato com prefeitos para ver se podem receber as equipes que serão formadas por dois cirurgiões, dois anestesistas, enfermeiros, técnicos e instrumentadores em cada cidade.

“O maior sonho de nós médicos filhos do interior é voltar e poder tirar a dor de nossos conterrâneos”, disse o cirurgião Cleucivan Bastos, preceptor do setor de cirurgia e emergência do Hospital João Lúcio, em Manaus e um dos coordenadores do projeto.

Outros projetos de interiorização da saúde já são apoiados pelo senador, como o projeto Ver e Diagnosticar, que prevê a compra de equipamentos de imagem para unidades básicas de saúde nos municípios, para diagnosticar câncer de mama, próstata e tireoide, para agilizar o tratamento dos que chegam a Manaus sem nenhum exame e com casos adiantado das doenças.

“Temos priorizado a saúde em nosso mandato. E o que mais ouço dos diretores dos grandes hospitais de Manaus, e a dificuldade de administrar o grande afluxo de doentes graves que vem do interior e lotam as emergências. Esses pacientes já chegam em Manaus em estado grave e sem um diagnóstico para iniciar o tratamento. A interiorização dos atendimentos ajudaria muito a reduzir as enormes filas dos que esperam por uma cirurgia de emergência. Vamos ajudar como pudermos”, disse Plínio Valério.

Segundo Marcelo Cavalcanti, estudante de Medicina interno no Hospital João Lúcio e que acompanhou os professores no encontro com Plínio, as cirurgias serão feitas na própria cidade, evitando o difícil e dispendioso deslocamento dos doentes para a capital.

“Esse projeto irá salvar vidas , amenizar o problema social de quem mora a centenas de quilômetros da capital e enxugar os serviços de cirurgia em Manaus. Enfim, evita um problema social muito grande , acaba com as filas cirúrgicas nesses municípios do interior e não inflaciona os serviços de saúde em Manaus . Por causa da pandemia, se acumulou muita cirurgia porque os hospitais estavam cheios. Então aquela vesícula que estava com duas ou três pedrinhas, agora a pessoa já está ictérica e pode vir a óbito se não operar . As filas cirúrgicas de emergência triplicaram na pandemia. E o que a gente quer é reduzir essas filas. O que era cirurgia preventiva passou para de urgência”, explicou Marcelo Cavalcanti.