A relação entre o Grupo Record e o presidente Bolsonaro passa por problemas, isso porque, segundo fontes de dentro da emissora há reclamações das duas partes. Os bispos que controlam a emissora estão incomodados com a falta de maior apoio do governo federal em relação a Angola.

Ainda segundo pessoas de dentro da emissora, a ida de Fábio Faria para o Ministério da Comunicação foi um problema para os executivos do canal. Os bolsonaristas passaram a dar maior preferência ao SBT do que para Record.

A crise da Universal na Angola se agravou . A igreja precisou sair do país e a Record foi banida por causa de irregularidades. Os líderes da igreja culpam Bolsonaro por não ter agido de imediato, pois quando Mourão se envolveu, já era tarde.

A Angola era um dos países mais importantes para a Universal. Perder espaço por lá, prejudicou muito os planos dos bispos. A Record até conseguiu burlar as leis e hoje os programas dela passam no My Channel África.

Conversas entre pessoas ligadas ao governo e a igreja foram tensas. Porém, não houve nenhum rompimento. Pelo menos não oficial. A Record segue sendo aliada. Bolsonaro continua sem atacar o canal.

Vários atritos tem acontecido com profissionais dentro da emissora. O caso mais recente foi com Roberto Cabrini, que é conhecido por ser um jornalista independente. Ao entrevistar Sérgio Reis, ele fez perguntas duras. Tal atitude dele irritou bolsonaristas e muitos se manifestaram nas redes sociais. Claro, tudo de forma orquestrada e organizada pelo chamado “gabinete do ódio”.

Na visão do grupo mais radical de Bolsonaro, a Record tem “mordido e assoprado”. Ou seja, ela bate, mas depois faz uma reportagem para agradar. Um dos exemplos é a reportagem sobre “ideologia de gênero”, exibida no Domingo Espetacular.

O rompimento oficial não aconteceu. A TV Brasil chegou a comprar Os Dez Mandamentos e tem exibido na sua programação. Mas é notório que ambas as partes estão insatisfeitas. Tudo corre por um fio.