Preso nesse domingo (1) um capitão da Polícia Militar de Goiás (PMGO) por tentar seduzir e marcar encontro com finalidades sexuais com um adolescente de apenas 12 anos em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O policial chegou a convidá-lo, em troca de mensagens, para ir a um motel.

O capitão tem 59 anos e é subcomandante da Colégio Militar de Rio Verde – Colégio Carlos Cunha Filho. Ele foi preso em flagrante, no domingo, após combinar o encontro com o garoto de 12 anos, sem saber que estava conversando, na verdade, com o pai do garoto.

O responsável descobriu a troca de mensagens e começou a monitorar para tentar identificar quem era o abusador e auxiliar a polícia na prisão do suspeito.
Veja trechos das mensagens trocadas:


Encontro marcado em posto de gasolina
Na noite desse domingo, o policial combinou o encontro com o menor em um posto de gasolina de Rio Verde. O pai e o garoto foram até o local, com tudo já combinado para conseguirem descobrir a identidade do pedófilo. “Posso ir pra gente dar uns amasso? A gente fica só uns 20 minutos”, escreveu o capitão.
No posto, o adolescente caminhou até o carro do policial, conforme o planejado, chegou a entrar e se sentar no banco da frente. Na mesma hora, com as portas destravadas, o pai do garoto também entrou no veículo e se sentou no banco de trás. Ele agarrou o PM por trás e o segurou até a chegada da polícia.

A descoberta aconteceu dentro do carro. O capitão informou que era um policial, mas o pai do menor desconfiou, pois ele estava descaracterizado, sem farda. Assim que os policiais civis chegaram, a informação foi confirmada. Trata-se de um PM conhecido na cidade, evangélico e famoso pela rigidez no colégio militar.
Afastado da função
Preso em flagrante por aliciamento de menor e investigado, agora por tentativa de estupro de vulnerável, o capitão foi afastado da função e transferido para o Presídio Militar, em Goiânia.
Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira (2/8), a polícia de Goiás informou o afastamento imediato e o retorno dele à reserva da tropa. Um Procedimento Administrativo Disciplinar foi instaurado para apurar o caso.

Abordagem no clube
Tudo começou em novembro do ano passado, quando a família do menor foi a um clube da cidade e o policial também estava no local. Segundo a mãe do garoto, o capitão teria se aproximado do adolescente dentro da piscina e passado a mão nas partes íntimas dele.
Ela conta que só tomou conhecimento disso, no dia, quando já estava em casa. Na hora ela diz que achou estranha a aproximação do homem em relação ao filho e gritou para que o garoto saísse da piscina. O menor, no entanto, ficou com vergonha de contar o que havia ocorrido e só disse depois de pressionado em casa.

Com o número em mãos, a mãe e o pai começaram a conversar com o policial pelo WhatsApp como se eles fossem o sobrinho e o filho. “Desde o ocorrido, em novembro, eu combinei com eles que, se acontecesse mais uma vez, era para pegar o telefone. Na obsessão dele de ter algum contato com o meu filho, ele falou tantas bobagens, marcou o encontro e foi mais rápido do que a gente imaginava”, diz a mãe.







