Os filhos do jornalista Cid Moreira, Roger e Rodrigo, entraram com um processo judicial na Vara da Família de Petrópolis, no Rio de Janeiro, pedindo a interdição do pai e a prisão da madrasta, Fátima Sampaio Moreira. Eles alegam que o ex-apresentador do Jornal Nacional enfrenta sintomas de demência e que tem a liberdade limitada por atitudes da atual esposa dele.

De acordo com Roger Moreira, filho adotivo do locutor, as publicações do pai nas redes sociais são controladas pela madrasta. Ele afirma que os filhos querem encontrar o jornalista o mais rápido possível.

“A única coisa que posso falar agora é que a verdade vai aparecer em breve. Ele é uma vítima. Se não fôssemos impedidos, nós filhos estaríamos convivendo com ele. Amamos ele e não podemos nos aproximar porque ela não deixa”, disse Roger Moreira, filho adotivo de Cid Moreira.

Além do pedido de interdição, o processo judicial aberto fala sobre a necessidade de uma tutela de urgência. Roger e Rodrigo pontuam que o ex-apresentador do JN não teria “mínimas condições” de administrar os próprios bens.

ACUSAÇÕES

Eles destacam, também, que Fátima Sampaio mantém o marido em “cárcere privado” e que ela, 40 anos mais nova que o locutor, teria se casado com ele por “interesses econômicos”.

Além de estelionato, o texto aponta outras duas acusações contra a atual esposa do jornalista: apropriação indébita e formação de quadrilha.

A ação, com assinatura do advogado Ângelo Carbone, pede o bloqueio imediato dos bens de Cid Moreira durante a investigação.

“Os filhos estão preocupados com o pai. Cid Moreira está passando por um momento muito difícil. Ele tem 93 anos e a impressão que dá é que ele está sendo usado. Estão tirando todo o patrimônio e eu vou buscar o Ministério Público, a justiça, a polícia, o Juizado da Família e principalmente a Delegacia do Idoso para que supram essa situação difícil”, explicou o advogado dos filhos de Cid Moreira, Ângelo Carbone.

À reportagem, a assessoria de imprensa do jornalista respondeu que “neste momento não temos o que dizer sobre o assunto, não recebemos nenhum comunicado da Justiça”.