O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta sexta-feira, dia 16, declarações do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que teve de justificar a Polícia Federal os motivos das 36 vezes em que as regras do uso de tornozeleira eletrônica.

Preso no dia 24 de junho por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, justamente por violar o uso da tornozeleira eletrônica e por não ter pago uma fiança de R$ 100 mil, Daniel Silveira disse que a violação da tornozeleira eletrônica aconteceu porque o seu cachorro teria roído o carregador do aparelho.

Além de afirmar que seu cachorro roeu o carregador da tornozeleira, Daniel Silveira deu outras explicações à PF:

  • Que houve quedas de energia na região onde mora, no Rio de Janeiro, dificultando a recarga da tornozeleira;
  • Que muitas das 22 vezes em que a tornozeleira ficou sem bateria ele estava dormindo, em razão do uso de anti-inflamatório;
  • Que se esqueceu de recarregar a bateria por estar participando de sessões na Câmara dos Deputados

A Polícia Federal informou ao STF que vai realizar perícias para verificar as condições da cinta da tornozeleira eletrônica e que vai consultar a companhia de energia elétrica do Rio de Janeiro para saber se houve de fato falhas constantes no fornecimento de energia elétrica na região onde mora o deputado.

Quando foi preso pela última vez, em 24 de junho, o deputado também alegou que houve episódios em que a cinta da tornozeleira se rompeu durante seus treinos de muay thai. Na ocasião, a defesa do deputado afirmou que Silveira é “um preso político” e defendeu que “já passou da hora de ser tratado nos organismos internacionais de defesa aos direitos humanos”.