Os senadores membros da CPI da Covid acreditam que a citação do nome da primeira-dama Michelle Bolsonaro em conversas no celular do vendedor de vacinas Luiz Dominghetti não é razão suficiente para chamá-la à depor. Para eles, ainda não há nem mesmo elementos para sequer cogitar um requerimento de convite – em que a pessoa não é obrigada a comparecer.

“Não cogitamos ouvi-la”, afirmou o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A opinião é compartilhada com outros senadores que estão no campo da oposição.

“Não vai se deixar de lado (a informação), mas também não vai fazer um Carnaval”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE).

OS ÁUDIOS

Áudios identificados pela CPI no celular de Dominghetti trazem uma conversa em que o policial, que também se apresenta como um player na venda de vacinas, diz: “Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”. O reverendo seria Amilton Gomes, também na mira da CPI.

Para senadores da comissão, não fica claro, no entanto, se Dominghetti teria contato direto com Michelle ou cita o nome dela para se exibir e convencer que teria contatos influentes.