A pandemia e os fatores que permeiam a pós-pandemia atrapalha o reaquecimento do turismo  internacional. Para os brasileiros, a crise trouxe consequências drásticas. Pouco mais de um ano e quatro meses desde que o  primeiro caso de Covid apareceu, a média móvel de mortes segue superior a 1.500 e só cerca de 17% da população adulta está completamente imunizada. ​

Diante desse cenário, há muitas dúvidas sobre a permissão de viagens e turistas brasileiros para outros países.

Hoje, turistas brasileiros são aceitos em 75 países, na maioria dos quais é preciso apresentar um teste negativo para a Covid feito 72 horas antes da chegada e cumprir quarentena, que varia de uma a duas semanas.

Porém, essa informação muda de acordo com as autoridades sanitárias de cada país, sendo um dos fatores usualmente levados em conta é o número de novos casos de Covid-19 a cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias —que não deve ultrapassar 75. No Brasil, a proporção atual é 398/100 mil.

A volta da normalidade depende de diferentes fatores relacionados à saúde pública. Na balança, encontram-se o avanço da vacinação, os índices de transmissão no país de origem e de destino do viajante e o eventual surgimento de novas variantes.

Além do cenário interno do Brasil, há um fator externo que deve dar elementos para a tomada de decisão dos países de abrirem ou não suas fronteiras: o fim da temporada de verão na Europa, em meados de setembro. O avanço da vacinação no continente vinha dando bons sinais, mas agora o panorama é de cautela. “A gente estava muito otimista, mas duas situações acenderam o sinal amarelo: o aumento de contaminação entre os jovens durante a Eurocopa e a chegada da variante Delta no Reino Unido

O diretor-geral da Iata no Brasil, Dany Oliveira, diz trabalhar com a estimativa de que, em 2022, o número global de passageiros atinja 88% dos níveis pré-pandêmicos. Em 2023, esses níveis seriam ultrapassados.

A carteirinha de vacinação do posto serve para viajar para o exterior além do que o turista brasileiro também pode acessar o app Conecte SUS, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, e emitir a certificação digital de vacinação do coronavírus, disponível em português, inglês e espanhol.

O mais recomendável, em um momento no qual os protocolos ainda variam muito, é estar com os dois certificados em mãos —o recebido ao tomar a vacina e o emitido online—, observa a diretora global de publicidade e assuntos institucionais da empresa Decolar, Bruna Milet.

A União Europeia padronizou um certificado digital que centraliza informações de cidadãos e residentes dos 27 Estados-membros do bloco e da zona Schengen, que inclui Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Ele passou a valer em 1º de julho.

Com o certificado, os residentes começaram a transitar com mais facilidade pelas fronteiras internas. Os países-membros devem permitir a entrada daqueles que, com o documento, comprovarem que tiveram resultado negativo para o coronavírus ou, então, estão completamente vacinados com imunizantes aprovados pela agência regulatória europeia (EMA) —neste momento, as vacinas desenvolvidas por Moderna, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.

Estrangeiros não têm acesso a esse documento. Mas atualmente a União Europeia permite a livre entrada de turistas de 26 países, como EUA, Austrália e Japão. O Brasil não está na lista.