Rogério Caboclo, presidente afastado da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), divulgou neste domingo, dia 4, uma nota a imprensa dizendo estar “inconformado e indignado” com a decisão do Conselho de Ética da entidade que negou neste semana o pedido para que ele volta-se ao cargo e ainda prorrogou por mais 60 dias seu afastamento. Ele é acusado de por uma funcionária da CBF de assédio sexual e moral.

De acordo com Rogério Caboclo, seu afastamento e possível saída da CBF é na verdade um plano de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da entidade, para voltar ao comando da entidade.

“Este é mais um episódio do inédito golpe orquestrado e comandado pelo ex-presidente Marco Polo Del Nero, banido do futebol, por meio de aliados na confederação. Conforme foi amplamente noticiado pela imprensa, membros da Comissão de Ética têm fortes ligações com Del Nero. Eles recebem salários bem acima da média de mercado e são demissíveis pela diretoria da CBF, que também é formada, na maioria, por fiéis aliados nomeados pelo dirigente banido do futebol e investigado pelo Ministério Público Federal”, diz a nota de Rogério Caboclo.

Esta é mais uma das série de acusações feitas por Rogério Caboclo contra Marco Polo Del Nero, sendo que nesta semana ele já havia dito que Del Nero teria oferecido R$ 12 milhões em troca do silêncio da funcionária que denunciou o caso de assédio sexual e moral praticado pelo presidente afastado da CBF.

A denúncia formal foi apresentada na Comissão de Ética da CBF e na Diretoria de Governança e Conformidade, no dia 4 de junho. Até o momento, Del Nero não respondeu as acusações, e a CBF disse que não vai se pronunciar, pois o caso está sendo investigado pelo Conselho de Ética – que por sua vez também afirmou que não pode dar informações “em respeito ao inviolável sigilo”.