O senador de Alagoas Renan Calheiros (MDB) foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em caso envolvendo a Odebrecht em 2012 – quando o político teria pedido e recebido R$ 1 milhão em propina, pago para que o senador trabalhasse na aprovação de uma resolução que restringia incentivos fiscais a produtos importados que vinham sendo concedidos pelos Estados com o objetivo de beneficiar a Braskem.
Os investigadores apontam que o senador, identificado com o codinome “Justiça” no sistema da Odebrecht, recebeu, por intermédio de um funcionário de seu operador financeiro, o dinheiro no dia 31 de maio de 2012, no bairro Mooca, em São Paulo (SP).
O inquérito foi aberto pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), em abril de 2017 a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com base na delação premiada de ex-executivos do grupo Odebrecht.
O relatório de 110 páginas, assinado pelo delegado Vinicius Venturini, foi enviado ao STF na quinta-feira, dia 1. Fachin, responsável pelo inquérito na Corte, deve agora enviar o caso para a PGR analisar o relatório concluído pela PF e decidir se denuncia o senador ou se arquiva a investigação.
