Nesta sexta-feira (2) a divulgação de que 26 mil doses da vacina Astrazeneca fora da validade havia sido administradas em diversos postos de saúde do país, diversas prefeituras passaram a negar a vacinação de imunizantes vencidos.

Segundo a imprensa nacional, Maringá, reduto eleitoral do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, foi a campeã no uso do imunizante que comprometeria a proteção contra a Covid-19.

A Prefeitura de Maringá negou: “sobre reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia suposta vacinação contra covid-19 com imunizantes vencidos, Marcelo Puzzi, secretário da Saúde de Maringá, explica: ‘O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS’”.

Outras cidades que teriam aplicado doses vencidas também se manifestaram:

Belém não aplicou nenhuma dose vencida. Estamos refutando completamente essa informação que está lá na Folha de São Paulo. E refutamos, inclusive, quando a reportagem entrou em contato conosco para perguntar se tínhamos aplicado essas vacinas. Enviamos uma resposta e essa resposta está na própria Folha como erro de registro. E esses erros de registros podem acontecer”, disse o Diretor do Departamento de Vigilância em Saúde de Belém, Claudio Guedes Salgado.

A Prefeitura de São Paulo foi na mesma linha: “a data de validade de todos os imunizantes passa por uma tripla checagem: no recebimento, na distribuição e na aplicação da vacina, inclusive, com a apresentação do frasco ao munícipe”. A administração municipal ainda afirmou que está fazendo um rastreamento nas doses aplicadas, com a revisão de todos os lotes e vacinas cadastradas.

As cidades de Tubarão (SC), Belo Horizonte (MG), Juiz de Fora (MG), Manaus (AM), Recife (PE), da Baixada Santista, de Salvador (BA), entre outras, além das secretarias de saúde do Distrito Federal, de Mato Grosso do Sul e do Piauí, também negaram as informações veiculadas pela Folha.