Durante uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos deputados, nesta quarta-feira, dia 23, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que está destacada a possiblidade de racionamento de energia no Brasil. No entanto, mesmo com isso, ele alertou que é necessário tomar medidas para evitar o risco de interrupção no fornecimento em horários de pico e a dependência do próximo período úmido.

De acordo com o ministro, no ano passado os reservatórios no Brasil estavam em condição de normalidade, mas com a diminuição das chuvas entre outubro e maio deste ano, 2021 já começou em uma situação pior. Atualmente, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão com apenas 30,2% de sua capacidade.

“Se nós tivermos uma repetição das chuvas de 2020 em 2021, nós podemos chegar, se nada for feito, a uma condição bastante desfavorável ao final desse ano, em novembro e dezembro, com os nossos reservatórios abaixo de 20%”, disse o ministro.

Para evitar o racionamento, foi posto em prática um plano de ação com 40 itens, indo desde o acionamento das usinas termelétricas; o aumento da importação de eletricidade da Argentina e Uruguai; e uma campanha para estimular o uso racional de energia; além de um programa com a indústria para reduzir o consumo no horário de pico.

Outras providências listadas pelo ministro de Minas e Energia são a antecipação de obras em usinas e linhas de transmissão e o suprimento de combustível para as usinas já em funcionamento. Desde maio, uma Sala de Situação instalada na Casa Civil da Presidência da República monitora a situação hídrica do país.