Neste fim de semana, a plataforma oficial do Ministério da Saúde divulgou que a cobertura média de 77% de vacinação da primeira dose contra a Covid-19, de indígenas aldeados é abaixo da média nacional. Entre os estados estão o Pará, Mato Grosso, Maranhão, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins.

Para a segunda dose, o percentual médio é de 62%. Infelizmente, esses percentuais estão pelo menos 10% abaixo da média nacional, já que a taxa nacional é de 83% para a primeira dose e de 72% para a segunda.

De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, foram aplicadas 70.063 primeiras doses (74%) e 56.206 segundas doses (60%) de vacina contra o coronavírus.

O Amazonas tem uma população-alvo de 94.326 índios, portanto, está abaixo da média nacional.  O estado que mais vacinou no Norte foi Rondônia com 91% de primeira dose e 84% de segunda dose.

Um fenômeno de atuação de pastores evangélicos junto às aldeias dificulta o acesso na região amazônica, no Estado do Pará e do Acre, que tem a menor cobertura vacinal de indígenas .

Segundo os especialistas envolvidos na campanha, nas regiões onde há uma presença maior de pastores contrários à vacinação são as que têm as menores taxas.

É o caso dos Kayapó do Pará e do Rio Tapajós que mantêm resistência à vacinação porque seria “a vacina com chip da besta fera”.

Os indígenas também são vítimas de “fake news” que dizem que o chip da vacina será implantado no corpo para ser monitorado pelos chineses, que a vacina é feita por embriões de aborto e até aquela versão que já virou meme, de que se tomar a vacina, vai virar jacaré.