De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), o governo federal pagou mais de R$ 10 bilhões indevidamente pelo auxílio emergencial – isso entre abril e novembro do ano passado. Isso fez com que o Ministério da Cidadania iniciasse uma série de medidas na tentativa de recuperar tais valores.

Segundo a CGU, os maiores valores pagos com indícios de irregularidades foram os seguintes:

  • R$ 2 bilhões a quem possuía renda familiar acima do limite;
  • R$ 1,2 bilhão a agentes públicos estaduais, municipais e distritais;
  • R$ 4 bilhões a pessoas empregadas;
  • R$ 2,9 bilhões destinados de maneira imprópria por outras razões.

O relatório também rastreou 74,5 mil beneficiários mortos, que receberam R$ 139,6 milhões do auxílio naquele período da pandemia. Até novembro, período analisado pelos técnicos, o governo havia transferido R$ 215 bilhões do auxílio emergencial.

A CGU questionou o Ministério da Cidadania, responsável pelos repasses, sobre como cobraria a devolução desses recursos enviados indevidamente. A estimativa da CGU é conservadora em comparação aos cálculos do Tribunal de Contas da União, que estimou que foram gastos cerca de R$ 54 bilhões em pagamentos irregulares.