A Comissão de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou neste domingo, dia 6, a decisão de tirar Rogério Caboclo do cargo de presidente da entidade que rege o esporte no País. Ele ficará afastado do cargo por pelo menos 30 dias, enquanto são realizadas as investigações sobre do caso de assédio sexual e moral cometido por ele contra uma funcionária da confederação.

Com a saída de Rogério Caboclo, assume o cargo de presidente da CBF de forma interina Antônio Carlos Nunes – o “Coronel Nunes”, da Federação Paraense de Futebol (FPF). Já Rogério Caboclo terá que iniciar sua defesa das acusações feitas contra ele – que nega tudo.

Uma reunião extraordinária entre os diretores da CBF e os oito vice-presidentes eleitos foi convocada para a manhã de segunda-feira, no Rio de Janeiro.

A decisão da Comissão de Ética da CBF em afastar Rogério Caboclo do cargo apenas dois dias após a denúncia ser formalizada só possível pela gravidade das acusações. A Comissão de Ética se reuniu emergencialmente no sábado e analisou as 12 folhas de denúncias da funcionária cerimonialista da CBF.

CRISE NA CBF

Rogério Caboclo sai de cena diante de uma das piores crises da história da CBF. Além de ser acusado de assédio sexual e moral, ele estava tendo fortes atritos com os jogadores da Seleção principal – que não gostaram de saberem pela imprensa que a Copa América havia sido transferida para o Brasil e que se viam como peões de manobras políticas da entidade.

Além disso, outra pessoa que também estava em pé de guerra com ele é o treinador Tite, que ficou do lado dos jogadores ao invés do dele. Caboclo vê insubordinação de técnico e jogadores, o que pegou mal também dentro do Palácio do Planalto e do governo de Jair Bolsonaro, que assumiu o compromisso de fazer a Copa América menos de duas semanas antes do início.

Neste domingo, notícias surgiram que Caboclo planejava demitir Tite para colocar Renato Gaúcho – bolsonarista assumido – no cargo. No entanto, ele acabou sendo afastado antes.