Nesta quarta-feira (2), a fabricante de câmeras e acessórios de fotografia Canon confirmou o fechamento de sua fábrica na Zona Franca de Manaus. A empresa afirmou ainda que não deve encerrar suas operações no Brasil, continuando a vender câmeras e outros produtos no país.

“Informamos que o fechamento da fábrica [em Manaus] não afetará nenhum serviço ou estratégias de venda da multinacional. É uma decisão tomada pela Canon Japão que respondia pela fábrica”, diz um trecho da nota enviada ao Tecnoblog.

A multinacional japonesa inaugurou em 2012, a primeira linha de produção da empresa fora da Ásia com sua fábrica na Zona Franca de Manaus. O Brasil era o quarto maior mercado da Canon no mundo, atrás de EUA, China e Japão.

Na época, foi um custo de 110 milhões de ienes (na época, o equivalente à R$ 2,78 milhões). A unidade tinha 1,8 mil metros quadrados e inaugurou com 60 funcionários. A empresa ainda precisou abrir uma filial para dar apoio ao lançamento no Brasil: a Canon Indústria de Manaus Ltda., com capital de giro de 210 milhões de ienes (cerca de R$ 5,32 milhões).

Em meio às dificuldades provocadas pela pandemia de COVID-19, quase 9 anos depois, a Canon Japão decidiu fechar a fábrica.

Contudo, a fabricante japonesa reafirmou o compromisso com o consumidor brasileiro.

“Sendo assim, a Canon continua em plena atividade no Brasil, oferecendo seus produtos fotográficos, de impressão e imagem por sua loja virtual ou por sua equipe de campo. Além disso, nada altera nas áreas de atendimento ao cliente, garantia dos produtos e assistência técnica da Canon do Brasil” diz a empresa em nota.

As ações da Canon na bolsa de valores brasileira (BVMF:CAJI34) despencaram 8 pontos até o horário do fechamento nesta quarta-feira (2). Mesmo embora a Canon tenha apresentado um modesto aumento em vendas no primeiro trimestre de 2021 em comparação anual com 2020 devido ao aumento na demanda por materiais de maior qualidade para o home-office, como impressoras à laser.