Cámen Lúcia, Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quarta-feira, dia 2, concordou com a solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou abertura de inquérito para investigar o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Com isso, ele passa a ser investigado por atrapalhar a apuração da Operação Handroanthus, que fez a maior apreensão de madeira no país.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro “dificulta fiscalização ambiental e patrocina interesses privados”. Além disso, o Ministério Público (MP) também investiga se Ricardo Salles cometeu delitos como: advocacia administrativa; obstar ou dificultar a fiscalização ambiental; e impedir ou embaraçar a investigação de infração penal que envolva organização criminosa.

“é imprescindível a apuração dos fatos delatados. Em contexto como o aqui apresentado, a investigação penal é dever jurídico do Estado e constitui resposta legítima do ente estatal ao que se contém na notícia do crime. A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos delatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado”, escreveu a ministra.

Além da investigação, a ministra do STF também autorizou que a Procuradoria-Geral da República faça diligências para obter depoimento de Salles, de proprietários rurais e agentes de fiscalização do Ibama e do Departamento de Polícia Federal relacionados à Operação Handroanthus.

De acordo com determinação da ministra Cármem Lucia, as investigações devem ser realizadas em um prazo de 30 dias.