Nesta terça-feira (1º) a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial  da vacina contra a covid-19 mais comum no Brasil, a Coronavac. A nova autorização é importante para que a União Europeia comece a aceitar a entrada de pessoas já imunizadas com ela. Porém, alguns obstáculos podem continuar impedindo o trânsito de brasileiros.

A União Europeia aprovou no dia 19 de maio, um conjunto de recomendações para permitir a chegada de viajantes de países de fora do bloco, sem necessidade de quarentena ou de testagem, para aproveitar o potencial turístico do verão no hemisfério norte. As medidas, no entanto, não são obrigatórias.

A Comissão Europeia sugeriu liberar a entrada de pessoas oriundas de países com a taxa de transmissão controlada, como Israel, Austrália e Nova Zelândia, no entanto, essa lista deve seguir uma série de critérios epidemiológicos e ser atualizada periodicamente.

Outra forma de controle é o turista ter completado o ciclo de imunização pelo menos duas semanas antes de desembarcar. Pelas regras discutidas, essa permissão deve ser concedida a quem recebeu uma das vacinas aprovadas pelo órgão regulador da União Europeia. Até o momento, os imunizantes que receberam aval são os da Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna, Pfizer-BioNTech e Sinopharm.

A Coronavac ainda está em análise, mas agora as chances de aprovação são maiores e nesse caso, a viagem estaria condicionada a apresentação de um teste PCR feito até 72 horas antes do embarque e a uma quarentena de 14 dias no país de desembarque, com isolamento e rastreio de contatos.

Em alguns países, as regras devem ser mais simples. A Grécia, por exemplo, já disse que vai remover os requisitos de teste e quarentena para visitantes vacinados. Para a maioria do bloco, entretanto, a tendência é implementar as mudanças de forma mais lenta e conservadora, e com regras mais rígidas.

A União Europeia sugere algumas  “travas de emergência”, para evitar novos picos da doença e a entrada de cepas diferentes do vírus. O limiar de controle aceitável seria de até 100 casos de covid por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Essas restrições podem afetar o Brasil, onde há registros de variantes e a taxa de infecções está em 413,2 novos casos por 100 mil habitantes. “Um Estado-Membro pode suspender urgente e temporariamente todas as viagens de entrada de cidadãos não residentes nesse país”, diz comunicado da UE, sobre a reabertura “Esses viajantes devem ser submetidos a testes rigorosos e medidas de quarentena, mesmo que tenham sido vacinados.”