O ministro Luís Felipe Salomão, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, autorizou nesta terça-feira, dia 25, a a quebra dos sigilos, junto a operadoras de telefonia, de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker ao grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro durante as eleições de 2018.

Na época, a pagina foi criada durante as eleições e tinha o nome quase três milhões de seguidores. No entanto, após um ataque de hackers, a página ficou com o nome “Mulheres com Bolsonaro” e começou a compartilhar mensagens de apoio ao então candidato, além de ofender os membros do grupo.

O Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral intimou empresas de telefonia a fornecerem dados cadastrais dos números de telefone identificados pela Polícia Federal e determinou que empresas de tecnologia levantem os registros de acesso ao grupo.

Ele pediu ainda que o Twitter informe, em até cinco dias, o número de IP (código identificação de dispositivos conectados à internet) do celular ou computador usado para publicar, na conta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mensagem de agradecimento ao grupo. “Obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil!”, escreveu Bolsonaro.

A decisão foi tomada depois que o plenário do TSE decidiu reabrir a fase de produção de provas nas ações abertas para investigar o crime cibernético. Os processos são movidos pelas coligações dos ex-candidatos Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSol), que pedem a cassação da chapa bolsonarista eleita em 2018.