No início desta semana, um falso médico foi desmascarado no Rio de Janeiro após cometer erros grosseiros de português. O farsante, identificado como Aleksandro Gueivara, utilizava um falso registro médico e atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Engenho Novo.

De acordo com as investigações, os funcionários da UPA desconfiaram do suposto médico após ele não saber utilizar o sistema da unidade de saúde, além de cometer erros grosseiros de português em receitas. Em uma delas, ele escreveu a palavra potássio com “c” e sem acento: “potacio”.

“Uma farmacêutica achou estranho porque ele não sabia usar o sistema, tava prescrevendo manualmente os medicamentos. Mesmo dos pacientes internados ou que fossem fazer venoso. E na escrita dele tinham muitos erros de português, erros bizarros e uma caligrafia péssima”, disse uma das funcionárias da UPA.

Além do erro ortográfico, uma paciente do falso profissional da saúde não conseguiu buscar a medicação prescrita.  A direção da UPA resolveu investigar o caso e constatou que o CRM do homem era falso. Aleksandro Gueivara foi contratado pela Organização Social Viva Rio.

O farsante deu um plantão de 24 horas na unidade de saúde. Muitos pacientes que passaram por ele tiveram os medicamentos negados na farmácia devido ao registro médico dele não constar no sistema.

Ao terem a receita negada, as pessoas que foram atendidas por Aleksandro Gueivara retornavam à UPA e eram atendidas por outros médicos e, então, recebiam receitas totalmente diferentes das que foram prescritas pelo falso profissional.

Funcionários da UPA acreditam que o caso aconteceu porque a Viva Rio está recrutando médicos às pressas. O pagamento do plantão é de R$ 1,6 mil. Segundo o Conselho Federal de Medicina também constatou que existem duas médicas com o mesmo CRM usado por Aleksandro; uma em São Paulo e outra em Minas Gerais.