Eduardo Pazuello, o ex-ministro da Saúde e um dos nomes mais esperados na CPI da Covid, irá depor nesta quarta-feira (19) no Senado Federal vestido com o fardamento do Exército, chamado túnica verde oliva.

Segundo os aliados do ex-ministro, o uso da farda na CPI soaria como provocação aos senadores. Pazuello, general do Exército, mesmo sendo advertido a não comparecer fardado, ignorou as recomendações e afirmou que há entre os militares uma regra sobre como membros das Forças Armadas devem se vestir em eventos oficiais.

Confirmando portanto, a suposta  tentativa de intimidar os senadores, principalmente o relator da CPI, Renan Calheiros (Rede-AP). “É uma forma de o Pazuello lembrar a todos que é general do Exército e que o Renan é o Renan”, disse um aliado do ex-ministro a uma revista de maior circulação nacional.

Desde o início da Comissão Parlamentar de Inquérito, Pazuello é o principal alvo no Senado, pois foi quem esteve à frente do Ministério da Saúde por mais tempo durante a pandemia.

Nesta terça-feira (18), o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, em depoimento, disse que todas as decisões sobre a demora do governo brasileiro em aderir a compra de vacinas e medicamentos sem comprovação científica foram por determinação de Pazuello, entregando ao ex-ministro o fracasso do Brasil no combate à Covid-19.