A empresa multinacional de eletroeletrônicos LG vai poder implantar um projeto industrial com geração de 150 empregos na Zona Franca de Manaus. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (12) pelo Ministério da Economia, quase duas semanas depois o projeto ser questionado por secretário do próprio órgão.

Em abril, a LG anunciou o encerramento de operações na fábrica de Taubaté (SP). A empresa sul-coreana decidiu encerrar as operações globais em celulares, produzidos exclusivamente na unidade. A empresa possui outra fábrica, em Manaus, onde fazia apenas aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e eletrodomésticos da chamada linha branca. Com o encerramento global da produção de celulares e o fechamento da planta em São Paulo, a empresa pediu aprovação para transferir para a fábrica do Amazonas a linha de monitores e notebooks.

Quando pediu mais tempo para avaliar o caso na reunião do Conselho de Administração da Suframa, em 28 de abril, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, justificou que a quantidade de empregos que a LG pretendia gerar com o novo projeto em Manaus era pequena diante dos benefícios fiscais que irá usufruir. Esse posicionamento foi duramente criticado, inclusive por parlamentares do Amazonas no Congresso Nacional.

Treze dias após determinar o adiamento da decisão sobre o projeto de investimento da LG no Polo Industrial de Manaus, o secretário anunciou nesta quarta-feira que a empresa terá o pedido aprovado.

O secretário fez uma transmissão pela internet ao lado do presidente da LG, de representantes da empresa e do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas para acalmar a situação. Ele anunciou que o projeto poderá ser implantando, considerando que a empresa, em vez de apenas 68, vai gerar mais 150 empregos.

A LG informou que deve investir R$ 325 milhões em Manaus, onde vai diversificar sua linha produção, com a fabricação de microcomputadores portáteis, monitores de vídeo com tela de LCD, entre outros itens.