O senador Renan Calheiros (MDB-AL) relator da CPI da Covid, respondeu ao Palácio Planalto quanto às alegações de que comissão não vai “dar em nada”.
“Os fatos falam por si”, afirmou o relator. “O Brasil virou o cemitério do mundo. O fato de terem transformado o Brasil nisso não ficará impune. Seria a desmoralização de todos nós da CPI”, completou. Calheiros enfatiza que o presidente e seus apoiadores no Senado estão equivocados sobre os resultados da comissão.
A imprensa nacional por meio de portais de notícias, divulgou nesta segunda-feira, 10, que o Palácio do Planalto acredita que a CPI “não vai dar em nada” e que a população estaria desinteressada no andamento das apurações.
“Se houver provas sobre os morticínios, haverá, sim, responsabilização”, antecipa Renan Calheiros, garantindo a elaboração de um relatório técnico, como vem afirmando desde quando foi cotado para assumir a relatoria do colegiado.
“A CPI não é uma briga de governo e oposição. Nem de grupos ideológicos. Ela quer mostrar a verdade. E vai mostrar o que aconteceu e o que fizeram para salvar, ou não salvar, vidas”, destacou Renan Calheiros.
O presidente da comissão destacou ainda ser contraditória a suposta falta de interesse da população nos trabalhos da comissão, já que “70%” dos brasileiros aprovam os trabalhos positivos que a CPI vem propiciando, assim como a aceleração da busca de vacinas pelo governo.
Nesta semana, já estão marcados os depoimentos do ex-secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten, que denuncia incompetência do Ministério da Saúde na compra de vacinas, e de representantes da Anvisa, Pfizer e União Química. A última é responsável pela produção da vacina russa Sputnik V no Brasil, cuja aprovação para uso emergencial segue barrada pela Anvisa.
