Os Crematórios na Índia estão relatando falta de madeira para as piras fúnebres enquanto lutam para lidar com o alto número de corpos.

As cremações começam antes do amanhecer, enquanto os trabalhadores limpam as brasas da noite anterior, informou a Correspondente-Chefe Internacional da CNN, Clarissa Ward, de Varanasi, uma das cidades mais sagradas do país.

De 100 a 150 corpos por dia chegam ao crematório de Varanasi, conta a Ward um operário, cuja família trabalha no local há gerações. O governo tem sido criticado por sua resposta à crise e por subestimar o número de mortos.

O principal crematório da cidade está tão sobrecarregado que instalou um improvisado às margens do rio Ganges. Nas duas horas que Ward e a equipe da CNN passaram lá, sete corpos foram trazidos.

Um comerciante de madeira disse que a demanda está quatro vezes maior do que o normal e que seus três principais fornecedores ficaram sem madeira.

Ward disse ao Dr. Sanjay Gupta da CNN que os lockdowns nas cidades da Índia não são comparáveis ??aos vistos em Nova York ou Londres.

“Em Varanasi, por exemplo, os mercados podem ficar abertos todos os dias até cerca das 11h e as ruas ficam movimentadas durante essas horas. Também houve um casamento em nosso hotel ontem à noite”, disse ela.

“E nas ruas de Déli não parece que é real. Não se consegue oxigênio para seus entes queridos e, às vezes, é preciso esperar em uma fila por 10 horas, então eles não estão em posição de se dar ao luxo do distanciamento social. Esta é uma luta pela sobrevivência, e termos como lockdown e distanciamento social simplesmente não se aplicam quando você está nesse tipo de situação e está tentando desesperadamente encontrar fontes para salvar as vidas de seus entes queridos”, acrescentou Ward.

Fonte: CNN