A juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Tremembé, interior de São Paulo, concedeu nesta quarta-feira (5) permissão para que Roger Abdelmassih cumpra prisão domiciliar. O ex-médico foi condenado a 173 anos de prisão por abuso sexual de pacientes.

Na decisão, a juíza aponta que o estado de saúde de Abdelmassih é delicado e, por isso, necessita de cuidados constantes que não seriam possíveis na unidade prisional.

“Está evidenciado nos autos que o sentenciado em questão conta com setenta e seis anos de idade, apresenta quadro clinico bastante debilitado, experimenta atualmente considerável piora em seu estado de saúde, necessita de cuidados ininterruptos, medicação constante e em horários diversificados, exames frequentes e específicos, assim como alimentação especial e vigilância contínua, tanto da área médica como de enfermagem”, diz um trecho do documento.

De acordo com a a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), Roger está internado desde o dia 9 de setembro no Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, localizado na Zona Norte de São Paulo. A previsão é de que ele deixe a unidade hospitalar no início da manhã da quinta-feira (6).

Para que o benefício seja estendido, Zeraik incluiu como exigência a permanência constante do ex-médico em seu endereço, com avisos prévios de saídas para atendimentos, uso de tornozeleira eletrônica e perícia médica a cada semestre.

Por ser considerado do grupo de risco durante a pandemia de Covid-19, Abdelmassih cumpria prisão domiciliar desde 19 de abril de 2020. No entanto, em agosto do mesmo ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou o benefício.

Do CNN