Em coletiva na tarde desta terça-feira (27), o Secretário Municipal de Educação (Semed) Pauderney Avelino se pronunciou em coletiva sobre o retorno às aulas, ensino híbrido e ataques que tem sofrido através de veículos de comunicação do empresário e sócio do Diário do Amazonas Ciro Batará. O Secretário relata estar sendo sofrendo ataques e sendo chantageado nos últimos 2 meses e deve apresentar queixa-crime.

Conhecido por atacar os desafetos políticos através dos veículos midiáticos, o sobrinho do Senador Eduardo Braga, Ciro Batará tornou Avelino alvo de manchetes onde acusava a secretaria de educação de ter pago 7 milhões 998 mil reais em transporte escolar que não foi utilizado. O Secretário rebate as acusações “Houve o pagamento de 956 mil em pagamento em forma de nota de empenho, e não os sete milhões afirmados. A capa da manchete em letras garrafais, trazia em em letras menores que tratava-se de uma nota de empenho.

Mas o que é nota de empenho?

Nota de Empenho é uma promessa de pagamento feita pelo órgão público para você ou sua empresa. Ao emitir a nota de empenho, a instituição pública está reservando o dinheiro para ser pago em um momento futuro. Só é pago o que é efetivamente usado.

No segundo ataque, Batará, trouxe à tona um caso de 2013. “Foi quando implementei um projeto de leitura com histórias em quadrinhos. Neste programa, recebi uma denúncia de uma vereadora sobre superfaturamento. O processo foi estudado pelo Tribunal de Contas do Estado e aprovado”.

Entenda o caso

De acordo com Pauderney após análise de um pregão eletrônico com a empresa de Ciro Batará, pediu que a comissão de licitação revogasse a compra do serviço de um centro de mídias. “Esse centro de mídias foi um pregão que iniciou em 2 de dezembro de 2020, no fim da gestão anterior com o objetivo de contratar um empresa especializada em serviços de produção, transmissão e gravação de vídeo-aulas a partir de conteúdos educacionais, incluindo a locação do estúdio”. Conforme o secretário o valor era de 63 milhões 251 mil 714 reais.

Em 5 de janeiro deste ano a revogação foi para readequação dos gastos públicos, pois a nova gestão tem liberdade para decidir pela continuidade dos serviços. “Temos um convênio com a SEDUC prorrogado com custo zero para a secretaria de Manaus, a contratação da empresa custaria 19 milhões, enquanto a renovação do termo de continuidade para as aulas à distância não trará qualquer custo, justificando a suspensão do pregão”, ou seja, porque contratar um serviço que poderia ser sem custos?

Foi quando as ameaças e intimidações iniciaram, conforme o secretário. “Desde a revogação deste pregão, já fui ‘brindado’ com 2 manchetes nos jornais do dono do grupo Diário do Amazonas de Ciro Batará.

Queixa-crime

“Em razão desses ataques e chantagens que venho sofrendo, vou apresentar uma queixa crime e ainda hoje farei um boletim de ocorrência. Pois é explícita a chantagem e a forma que venho sendo intimidado, difamando e perseguindo”, completou.