Nesta segunda-feira (19) a Polícia Civil do Amazonas deflagrou a segunda fase da Operação Guilhotina, pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO). Nesta segunda fase quatro policiais militares e ex-policiais foram presos por integrarem uma milícia, eles roubavam toneladas de drogas apreendidas para depois venderem.
Os quatro presos são: comandante da 8ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), capitão Ângelo Junio de Oliveira Cruz, o capitão Stanley Oliveira de Araújo, cabo André Hertel Cury Ferreira, também da 8ª Cicom e cabo Hugo Portela Silva.
Outros três suspeitos estão foragidos, são eles, cabo Rogério Lopes Rodrigues, que seria o proprietário do sítio onde as drogas foram encontradas, e dois ex-policiais militares identificados como Leandro Costa Gomes e Robson Cascaes de Souza. Além dos 3 foragidos, também há outro suspeito na mira da polícia. O policial Jhonatan Ferreira de Melo é um dos alvos desta operação, ele já esteve preso em 2012. Ao todo, são 10 policiais e ex-policiais envolvidos no esquema criminoso.
Como agiam os milicianos
Eles foram descobertos quando roubaram cerca de 1,6 toneladas de maconha do tipo skunk, 10 dias atrás. Exigiam dinheiro para devolver a droga aos traficantes, mas não conseguiram. Cerca de 1,6 da droga foi encontrada no município de Novo Airão, e supostamente seria vendida nos próximos dias.
De acordo com as investigações, os suspeitos se passavam por policiais civis para praticar os crimes. Eles também extorquiam dinheiro de pessoas com passagens pela polícia para não prendê-las de novo em flagrantes forjados.
A Polícia Militar informou que a Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da Corporação instaurará procedimento disciplinar para analisar a conduta dos policiais. Os policiais militares estão custodiados no Núcleo Prisional e no Batalhão de Choque da PMAM.
“Todos os elementos apresentados durante a ação investigatória serão apurados de forma rigorosa. No curso do processo será dado aos militares o direito ao contraditório e a ampla defesa”, diz em nota.
