A juíza Maria de Lourdes Montenegro, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, suspendeu, em caráter liminar, os efeitos do leilão ocorrido no último dia 22 de março, que redundou na venda da sede histórica do Atlético Rio Negro Clube para quitação de débitos trabalhistas da agremiação. Com isso, a posse continua com o clube da Praça da Saudade.

A juíza acolheu embargos apresentados por advogados ligados ao Rio Negro. Existe ainda uma ação judicial na Justiça Comum, apresentada pelo presidente da agremiação, Jefferson Oliveira, pedindo a nulidade do processo de leilão.

Todos os que apresentaram recursos tocam em dois pontos principais: o valor subfaturado da sede histórica localizada no Centro da cidade e a dívida real muito menor que o montante arrecadado com o leilão.

O empresário coreano Sung Un Song, dono da empresa Digitron, instalada no Polo Industrial de Manaus, foi o único a apresentar lance a arrematar o imóvel, gerando ainda mais suspeitas. De R$ 9 milhões, que era a avaliação inicial, o bem foi arrematado por R$ 3,6 milhões, menos de 50% da avaliação inicial.

Os embargos seguem válidos até o julgamento do mérito da ação.