Na semana do meio ambiente, claro, o assunto entre os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi o meio ambiente. E, nesta segunda-feira, 22 de março, dia em que se celebra o ‘Dia Mundial da Água’ o assunto rendeu durante o pequeno expediente.

Aliás, o momento foi de saudosismo e lamentação em torno daquela época em que havia balneário […]. Houve quem sugerisse a criação de um ‘Prosamim Municipal’ para retirar a população ribeirinha das margens dos rios. Com isso, segundo o parlamentar que sugeriu, a retirada desses habitantes evitaria que lixo fosse despejado nas águas do rio e a poluição ambiental seria eliminada.

Durante a temática, a falta de educação e higiene da população amazonense ganhou vultuosidade, pois foram apontados como culpados pelo lixo depositado nos rios e lagos, prática, aliás, muito comum pelos povos do Amazonas, que nunca lembram que temos na Amazônia a maior bacia hidrográfica do mundo, e nem por isso valorizamos e cuidamos de nossa água.

“Hoje temos água com abundância, mas, e amanhã?” questionou o parlamentar com razão.

A falta de saneamento básico em Manaus, item básico para evitar a poluição dos igarapés também foi reclamada pelo presidente da Comissão de Água e Saneamento da CMM.

“Manaus era pra estar com 90 % de rede de esgoto tratada, infelizmente não temos nem 12% desse serviço”, lamentou ele, sem sugerir nenhuma solução para mudar esse quadro.

Água tratada nas torneiras do povo manauara foi outro questionamento lembrado por outro parlamentar, que relatou o problema antigo da concessionária. Mas também se esqueceu que ele é o fiscal do povo, logo, precisa representar a população e levar o assunto adiante. Por fim, tudo ficou mesmo somente no blá,blá,bla, no saudosismo, e na lamentação de quando havia o balneário do Tarumã, por exemplo, que muitos jovens e adolescentes se quer tiveram conhecimento da existência de tais “ambiente de lazer dos manauaras”, antigamente.

No final, ninguém, de fato, tomou para si a responsabilidade de ao menos garantir que a água que chega nas torneira da população tenha qualidade e preço justo.

Por Conceição Melquiades